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Mortes relacionadas à gripe após alta hospitalar podem ser subestimadas

03 de abril de 2025 (Bibliomed). Uma nova análise do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos revelou que muitas mortes relacionadas à gripe podem não estar sendo devidamente registradas. Segundo o estudo, apenas 20% dos pacientes que morreram dentro de 30 dias após serem hospitalizados por gripe tiveram a doença mencionada no atestado de óbito.

A pesquisa analisou mais de 121 mil hospitalizações por gripe confirmada em laboratório entre 2010 e 2019. Desses pacientes, quase 7 mil morreram, sendo que 48% das mortes ocorreram após a alta hospitalar. A gripe foi mencionada como causa em apenas 37% dos óbitos gerais e em 19% das mortes ocorridas após a alta. Nessas situações, a causa foi frequentemente atribuída a doenças cardiovasculares.

O estudo destacou que as mortes após a alta foram mais comuns entre pacientes idosos e aqueles com condições médicas pré-existentes. Os pesquisadores alertam para a necessidade de sistemas de vigilância mais eficazes, capazes de registrar melhor as taxas de mortalidade após hospitalizações por gripe e refletir o verdadeiro impacto da doença.

Os especialistas também ressaltaram a importância da vacinação contra a gripe, especialmente considerando os baixos índices de imunização registrados nesta temporada. Além disso, médicos devem estar atentos ao risco residual de mortalidade após a alta hospitalar, principalmente em pacientes mais velhos.

Essas descobertas reforçam a relevância de medidas preventivas, como a vacinação, e de um acompanhamento rigoroso de pacientes hospitalizados por gripe, a fim de reduzir complicações graves e salvar vidas.

Fonte: Clinical Infectious Diseases. DOI: 10.1093/cid/ciae547.

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