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26 de fevereiro de 2025 (Bibliomed). Nem todos os bebês nascidos prematuramente sofrerão problemas de desenvolvimento a longo prazo, indica estudo realizado na Universidade de Nova York, nos Estados Unidos.
Prematuros tendem a se enquadrar em três categorias de risco, com cerca de um em cada cinco (20%) pontuando acima da média em testes cognitivos padrão. Um segundo perfil representando 41% dos prematuros pontuaram acima do normal em testes de memória, vocabulário e leitura, mas abaixo da média em testes de reconhecimento de padrões e memória de trabalho. E um terceiro perfil representando quase 40% dos prematuros pontuaram abaixo do normal em todos os testes, sofrendo déficits cognitivos e de atenção.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados cognitivos e comportamentais de quase 1.900 meninos e meninas nascidos prematuramente que atingiram de 9 a 11 anos de idade. Eles descobriram que as crianças que se enquadravam no primeiro perfil tiveram uma média de 21% a mais em testes cognitivos padrão do que as crianças no terceiro perfil.
As crianças no primeiro perfil também se saíram melhor quando se tratava de déficits de atenção, com apenas 2,5% sofrendo deles, em comparação com cerca de 10% das crianças no terceiro perfil.
As crianças do primeiro perfil também se saíram melhor na escola, com mais de 66% alcançando uma média de notas A- ou melhor, em comparação com cerca de 61% do segundo perfil e 32% do terceiro.
Análises cerebrais das crianças revelaram que as crianças no terceiro perfil tinham cérebros em média 3% menores entre 9 e 11 anos do que as crianças no primeiro perfil. Os pesquisadores também encontraram conexões mais fracas entre dois circuitos cerebrais importantes em crianças do terceiro perfil — a rede de atenção dorsal que desempenha um papel na sustentação da atenção e a rede de modo padrão que lida com o processamento cerebral quando uma pessoa não está focada em uma tarefa específica. A conexão entre essas duas redes era 11% mais fraca em crianças do terceiro perfil em comparação com crianças do primeiro perfil.
De acordo com os pesquisadores, essa abordagem de criação de perfil pode ajudar os pesquisadores a direcionarem melhor a educação, a terapia e o tratamento medicamentoso para os prematuros com maior probabilidade de precisar.
Fonte: Child Development. DOI: 10.1111/cdev.14143.
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