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Teste de sangue pode avaliar risco de AVC e ataque cardíaco

06 de fevereiro de 2025 (Bibliomed). Um teste genético experimental pode avaliar o risco de uma pessoa desenvolver coágulos sanguíneos potencialmente mortais. Desenvolvido na Universidade de Nova York, o teste avalia se as plaquetas de uma pessoa são "hiper-reativas" e, portanto, propensas à coagulação anormal que bloqueia as artérias.

Pessoas que pontuaram alto no teste tiveram mais que o dobro da taxa de ataque cardíaco, derrame e amputação grave após passarem por um procedimento para reabrir artérias bloqueadas em suas pernas.

A pontuação plaquetária pode detectar hiper-reatividade em pacientes aparentemente saudáveis, bem como em pessoas doentes à beira de um ataque cardíaco. Ele promete ajudar os médicos a limitar o tratamento antiplaquetário às pessoas com maior probabilidade de se beneficiar: aquelas com hiper-reatividade plaquetária.

Atualmente, pacientes com fatores de risco de formação de coágulos recebem prescrição de anticoagulantes, como a aspirina, que agem neutralizando a atividade plaquetárias. Contudo, o medicamente aumentar as chances de o paciente ter um sangramento descontrolado, o que pode ser perigoso.

Para criar um novo teste, os pesquisadores realizaram testes genéticos em um grupo de pacientes com hiper-reatividade plaquetária diagnosticada, identificando 451 genes que pareciam diferir significativamente neles em relação a pessoas saudáveis. Essas diferenças genéticas foram usadas para criar um Platelet Reactivity Expression Score (PRESS) para cada paciente.

Os pesquisadores, então, usaram o teste PRESS para avaliar o risco de coagulação para um grupo de 254 pessoas que haviam passado por um procedimento para reabrir artérias bloqueadas em suas pernas.

Os resultados revelaram que quase 18% dos pacientes tinham plaquetas hiper-reativas. Esses pacientes tiveram mais que o dobro do risco de ataque cardíaco, derrame, grandes coágulos sanguíneos nas pernas ou amputação de pernas dentro de um mês do procedimento, em comparação com aqueles cujos resultados do teste PRESS não mostraram hiper-reatividade.

Os autores também usaram o PRESS para avaliar a hiper-reatividade plaquetária entre um grupo separado de mulheres que sofriam de artérias obstruídas nas pernas. Os resultados mostraram que aquelas com pontuações elevadas tinham 90% mais probabilidade de ter um ataque cardíaco ou derrame.

Fonte: Nature Communications. DOI: 10.1038/s41467-024-50994-7.

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