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Governo dos EUA Aprova Tomografia Para Vários Tipos de Câncer

Por Maggie Fox, correspondente de Saúde e Ciência

WASHINGTON (Reuters)
- Os médicos norte-americanos que tratam pacientes do Medicare (plano de saúde e previdência federal para idosos) vão poder pedir tomografias (PET) para ajudar no diagnóstico e tratamento de vários tipos de câncer, anunciou o governo, sexta-feira.

Depois de um lobby considerável de cancerologistas e da indústria e da avaliação de equipes de especialistas, o governo anunciou que vai pagar pelo exame que fornece aos médicos uma imagem "viva" do corpo, diferente das imagens congeladas do raio X e dos exames CAT.

A decisão vai afetar dezenas de milhares de pacientes do Medicare, assim como planos médicos governamentais de outros países, que geralmente seguem as orientações do Medicare, e seguradoras privadas.

A tomografia por emissão de pósitrons (PET) permite aos médicos verificar o funcionamento celular, graças a um marcador radioativo que mostra a quantidade de glicose que as células estão usando. As células cancerosas consomem mais glicose e a PET pode identificar tumores muito cedo, além de informar como eles reagem às drogas.

Na doença cardíaca, a PET pode distinguir o tecido morto daquele que está apenas inativo, que pode ser salvo. No mal de Alzheimer, a PET pode identificar as células cerebrais danificadas típicas da doença antes do surgimento dos sintomas.

Antes das novas regras, os programas de saúde Medicare e Medicaid liberavam a PET apenas para alguns tipos de doença cardíaca, para identificar o estágio de câncer pulmonar e decidir se um nódulo pulmonar isolado era canceroso ou não.

O exame também era permitido para análise de tumores recorrentes de cólon depois de testes sanguíneos. Também poderia ser aplicado para classificar o estágio de linfomas e para verificar se havia recorrência de melanoma, um tipo mortal de câncer de pele. Pelas novas regras divulgadas na sexta-feira, a PET pode ser usada em câncer de pulmão, colorretal, cabeça e pescoço, esôfago e melanoma. O financiamento para o uso neurológico e cardíaco também foi ampliado.

"Passamos de uma cobertura bastante limitada e restrita para uma cobertura bastante ampla", disse por telefone o inventor da PET, Michael Phelps, da Universidade da Califórnia de Los Angeles (Ucla).

Sinopse preparada por Reuters Health

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