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07 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade do Colorado destaca um problema preocupante: as ferramentas de inteligência artificial usadas na área da saúde podem ter dificuldades para diagnosticar corretamente condições de saúde mental, como ansiedade e depressão, em pessoas de diferentes gêneros e etnias.
De acordo com o estudo, essas variações naturais na forma como homens, mulheres e pessoas de diferentes raças falam podem confundir os algoritmos de inteligência artificial. Por exemplo, foi observado que a inteligência artificial tende a subdiagnosticar mulheres com risco de depressão em comparação com homens. Esse tipo de erro pode impedir que muitas pessoas recebam o tratamento de que precisam.
A pesquisa analisou gravações de fala de pessoas em situações diversas, como discursos públicos e conversas em ambientes semelhantes a consultas médicas. Os resultados mostraram que os algoritmos de inteligência artificial nem sempre conseguiam captar sinais de ansiedade e depressão de forma precisa, especialmente entre grupos demográficos como mulheres e latinos.
Esse estudo é um alerta para que desenvolvedores de inteligência artificial e profissionais de saúde procedam com cautela ao integrar essas tecnologias na prática médica. Se um algoritmo subestima a depressão em um grupo específico, é algo que precisamos informar aos clínicos.
A pesquisa sublinha a importância de treinar algoritmos de inteligência artificial com dados representativos de diversos grupos demográficos para evitar a propagação de preconceitos existentes na sociedade e garantir que todos os pacientes recebam diagnósticos precisos e justos.
Fonte: Frontiers in Digital Health. DOI: 10.3389/fdgth.2024.1351637.
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