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28 de novembro de 2024 (Bibliomed). Um estudo abrangente descobriu que o consumo regular de carne, especialmente carne processada e carne vermelha não processada, está associado a um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2. Pesquisadores internacionais analisaram dados de quase 1,97 milhão de pessoas de 20 países, incluindo Europa, Ásia, Américas e Pacífico Ocidental.
De acordo com o estudo, consumir o equivalente a duas fatias de presunto por dia – cerca de 50 gramas de carne processada – aumenta o risco de diabetes tipo 2 em 15% ao longo de 10 anos. Para quem consome o equivalente a um pequeno bife (100 gramas de carne vermelha não processada) diariamente, o risco é elevado em 10%.
A pesquisa, liderada por uma equipe da Universidade de Cambridge, faz parte do projeto InterConnect, que utiliza dados brutos de estudos anteriores para realizar análises mais detalhadas. Os pesquisadores usaram informações de 31 estudos anteriores sobre consumo de carne e desenvolvimento de diabetes tipo 2, levando em conta fatores como idade, índice de massa corporal e comportamentos relacionados à saúde.
O estudo também identificou uma associação entre o consumo diário de 100 gramas de carne de aves e um risco 8% maior de diabetes em um período de 10 anos, embora essa relação tenha se mostrado menos clara e significativa apenas na Europa.
Embora os resultados não comprovem que comer carne aumenta diretamente a chance de desenvolver diabetes, eles apontam para uma forte correlação. Acredita-se que diferentes mecanismos estejam em jogo, incluindo a alta presença de ácidos graxos saturados na carne vermelha, que podem afetar a resistência à insulina.
Esses achados reforçam as recomendações para limitar o consumo de carne processada e vermelha não processada como medida preventiva contra o diabetes tipo 2.
Fonte: The Lancet Diabetes & Endocrinology. DOI: 10.1016/S2213-8587(24)00179-7.
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