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12 de novembro de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente demonstrou que uma intervenção liderada por farmacêuticos poderia aumentar significativamente o uso de terapia adequada para reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial (FA). A pesquisa, realizada em farmácias comunitárias de Alberta, no Canadá, mostrou um aumento absoluto de 34% no uso de anticoagulantes orais (ACO) adequados quando prescritos por farmacêuticos, em comparação com o cuidado usual.
A fibrilação atrial é uma condição cardíaca comum que aumenta o risco de AVC. No entanto, muitos pacientes não recebem a terapia necessária para prevenir esses eventos. O estudo envolveu 80 pacientes com FA e alto risco de AVC, divididos em dois grupos: intervenção precoce e intervenção tardia (cuidado usual). Farmacêuticos identificaram pacientes com FA não tratada ou com dosagem subótima de ACO e aqueles com FA recém-diagnosticada por meio de um eletrocardiograma de 30 segundos.
No grupo de intervenção precoce, os farmacêuticos prescreveram ACO com base em algoritmos de diretrizes e realizaram visitas de acompanhamento em 1 e 3 meses. No grupo de intervenção tardia, os médicos de cuidados primários foram notificados sobre a FA detectada, mas a otimização da terapia foi adiada para após 3 meses.
Os resultados mostraram que 92,3% dos pacientes no grupo de intervenção precoce estavam usando ACO conforme as diretrizes após 3 meses, em comparação com 56,1% no grupo de controle. Este estudo destaca o papel crucial dos farmacêuticos na melhoria da administração de terapias para reduzir o risco de AVC em pacientes com FA.
A escalabilidade e a sustentabilidade dessa intervenção necessitam de ensaios maiores para demonstrar sua eficácia e segurança, mas os achados indicam que os farmacêuticos podem ser um recurso valioso na prevenção de AVCs.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.21955.
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