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11 de outubro de 2024 (Bibliomed). Crianças com autismo têm córtex cerebral - muitas vezes referidos como "substância cinzenta" - cerca de 40% maiores do que os de crianças sem transtorno de desenvolvimento, relataram pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. Além disso, quanto maior o tamanho da massa cinzenta de uma criança, mais graves serão os sintomas sociais e de linguagem mais tarde na vida.
Um mistério contínuo do autismo é o motivo de algumas crianças com o transtorno apresentam sintomas profundos, como atraso no desenvolvimento, dificuldades sociais e incapacidade de falar, enquanto outras apresentam sintomas mais leves que melhoram com o tempo.
Para este estudo, os pesquisadores usaram células-tronco do sangue de 10 crianças de 1 a 4 anos para criar organoides corticais cerebrais – modelos 3D dos córtices das crianças, criados por meio de culturas de células em laboratório. Eles compararam esses organoides com outros gerados a partir de células-tronco de seis crianças sem autismo.
Os organoides de todas as crianças com autismo, independentemente da gravidade, cresceram cerca de três vezes mais rápido do que os de crianças sem autismo. Alguns dos maiores organoides cerebrais – de crianças com os casos mais graves de autismo – também experimentaram uma formação acelerada de neurônios.
Quanto mais grave o autismo de uma criança, mais rápido seu organismo cresceu, às vezes ao ponto de desenvolver muitos neurônios. Os pesquisadores descobriram que o tamanho do organoide cortical de uma criança cultivado em laboratório correspondia a uma estrutura cerebral maior observada em exames de ressonância magnética. Além disso, crianças com organoides corticais excessivamente aumentados apresentavam volume maior do que o normal nas regiões sociais, de linguagem e sensoriais do cérebro, em comparação com crianças sem autismo.
Fonte: Molecular Autism. DOI: 10.1186/s13229-024-00602-8.
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