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Quarta dose da vacina contra Covid-19 reduz riscos de hospitalização e morte

08 de outubro de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente realizado no Brasil avaliou a eficácia da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em comparação com três doses, especificamente em relação a desfechos graves como hospitalização e morte. A pesquisa, que analisou dados de mais de 46 milhões de pessoas com 40 anos ou mais, destacou a importância de um segundo reforço na prevenção de complicações severas da doença.

Com o surgimento de variantes do coronavírus e a diminuição da eficácia dos esquemas vacinais primários, muitos países começaram a recomendar doses de reforço adicionais. No Brasil, o estudo incluiu indivíduos que receberam esquemas vacinais primários com CoronaVac, ChAdOx1 ou BNT162b2, seguidos de qualquer produto na terceira dose.

Os resultados mostraram que a quarta dose proporcionou uma proteção significativa contra hospitalização e morte, com uma eficácia relativa de 44,1% em comparação com três doses. Essa eficácia foi mais alta nos primeiros 60 dias após a vacinação (46,8%) e diminuiu gradualmente após 120 dias (33,8%).

Além disso, entre os vacinados com a quarta dose, aqueles que receberam vacinas baseadas em mRNA (como BNT162b2) apresentaram menores riscos imediatos de hospitalização ou morte em comparação com aqueles que receberam vacinas baseadas em adenovírus (como ChAdOx1). No entanto, essa diferença não foi observada após 120 dias.

O estudo ressalta que, em um cenário de combinações variadas de vacinas primárias e de reforço, a quarta dose oferece uma proteção significativa e duradoura contra desfechos graves da Covid-19. A pesquisa também sugere que as vacinas de mRNA podem oferecer benefícios adicionais a curto prazo em comparação com vacinas de adenovírus, embora esses benefícios não se mantenham a longo prazo.

Fonte: The Lancet Regional Health - Americas. DOI: 10.1016/j.lana.2024.100755.

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