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Níveis de glicose em não diabéticos variam mais do que se acreditava

19 de agosto de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores de Israel descobriram que os níveis de glicose em jejum em pessoas não diabéticas apresentam maior variabilidade do que se pensava anteriormente. O estudo, publicado na revista Nature Medicine, monitorou os níveis de glicose de milhares de voluntários não diabéticos usando dispositivos de monitoramento contínuo de glicose (MCG).

Normalmente, o diagnóstico de diabetes ou pré-diabetes é feito através de exames laboratoriais que medem os níveis de hemoglobina glicada e de glicose plasmática em jejum (GJ). Contudo, esses testes são realizados com poucas amostras de sangue, o que pode levar a uma visão incompleta dos verdadeiros níveis de FG nos pacientes, aumentando o risco de diagnósticos incorretos.

Para investigar essa possibilidade, a equipe de pesquisa recrutou 8.315 voluntários não diabéticos que utilizaram os dispositivos MCG. Estes dispositivos, que são fixados na pele e enviam sinais para um smartphone, mostraram que mesmo dentro do mesmo indivíduo, os níveis da glicemia de jejum podem variar significativamente.

Durante o estudo, foram analisadas 59.569 janelas matinais, e descobriu-se que a média de glicose era de 96,2 ± 12,87 mg/dl, com um desvio padrão de 7,52 ± 4,31 mg/dl. A pesquisa também indicou que a duração do jejum tem pouca correlação com os níveis de GJ, sugerindo que outros processos corporais ainda desconhecidos podem influenciar esses níveis.

Este estudo sugere que o uso de dispositivos de monitoramento contínuo de glicose para diagnóstico do diabetes tipo II pode oferecer resultados mais precisos, refletindo melhor a variabilidade natural dos níveis de glicose.

Fonte: Nature Medicine. DOI: 10.1038/s41591-024-02908-9.

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