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Descoberta pode melhorar diagnóstico e tratamento de distúrbios da linguagem em crianças

05 de julho de 2024 (Bibliomed). Cientistas do Centro Médico da Universidade de Georgetown descobriram uma ligação entre anormalidades cerebrais e dificuldades de linguagem em crianças, uma descoberta que pode revolucionar o diagnóstico e o tratamento desses distúrbios. O estudo, publicado na revista Nature Human Behaviour em 15 de março, revelou que as irregularidades estão especificamente localizadas no neostriado anterior dentro dos gânglios basais, uma estrutura profunda do cérebro.

O transtorno do desenvolvimento da linguagem, que afeta o desenvolvimento de vários aspectos da linguagem, é tão comum quanto o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e a dislexia, sendo mais prevalente que o autismo. Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram os resultados de 22 artigos que examinavam as estruturas cerebrais em pessoas com o distúrbio, utilizando um novo método computacional para identificar padrões comuns de anormalidades entre os estudos. Eles descobriram que o neostriado anterior apresentava anormalidades em 100% dos estudos que examinaram a estrutura.

Segundo os autores, ao identificar as bases neurais das dificuldades de linguagem no desenvolvimento, espera-se aumentar a conscientização sobre um transtorno importante, mas também bastante desconhecido.

Os achados sugerem o potencial uso de medicamentos que melhoram os distúrbios de movimento causados por disfunções dos gânglios basais, como aqueles que atuam nos receptores de dopamina. Intervenções que incentivem a compensação por estruturas cerebrais intactas também podem ser úteis. Além disso, as anormalidades dos gânglios basais podem servir como biomarcadores precoces de uma maior probabilidade de problemas de linguagem no desenvolvimento, o que poderia levar a procedimentos diagnósticos adicionais e, potencialmente, a uma terapia precoce.

Fonte: Nature Human Behaviour. DOI: 10.1038/s41562-024-01843-6.

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