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Alimentação do prematuro não interfere no desenvolvimento cognitivo

20 de junho de 2024 (Bibliomed). Uma pesquisa clínica randomizada, publicada na revista JAMA, realizada em 15 centros médicos acadêmicos nos EUA investigou se a alimentação de recém-nascidos extremamente prematuros com leite humano doado, em comparação com fórmula para prematuros, durante a internação inicial resultaria em melhores resultados neurodesenvolvimentais aos 22-26 meses de idade corrigida. Os resultados mostraram que, entre os bebês prematuros alimentados com leite humano doado, a pontuação média ajustada na escala cognitiva de Bayley foi de 80,7, enquanto para aqueles alimentados com fórmula para prematuros foi de 81,1. A diferença média ajustada entre os grupos foi de -0,77, não sendo estatisticamente significativa. As pontuações médias ajustadas para linguagem e habilidades motoras também não apresentaram diferenças significativas.

O estudo destaca a importância da alimentação com leite materno durante a internação inicial de bebês extremamente prematuros, mas indica que, quando não é possível utilizar o leite materno da mãe, o leite humano doado e a fórmula para prematuros não diferem significativamente em termos de desenvolvimento neurocognitivo aos 2 anos de idade corrigida.

Essas descobertas fornecem dados valiosos para a prática clínica e o suporte ao desenvolvimento desses bebês, destacando a necessidade contínua de pesquisa e personalização na abordagem nutricional em unidades neonatais.

Fonte: JAMA. DOI: 10.1001/jama.2023.27693.

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