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Medicamentos para disfunção erétil poderia reduzir o risco de Alzheimer

24 de maio de 2024 (Bibliomed). Os medicamentos que tratam a disfunção erétil podem estar associados a um menor risco de doença de Alzheimer, indica um estudo realizado na University College London, na Inglaterra. Inicialmente desenvolvidos para controlar a hipertensão e a dor no peito associadas a doenças cardíacas, esses medicamentos dilatam os vasos sanguíneos, permitindo que mais sangue flua.

O estudo envolveu 269.725 homens, com idade média de 59 anos e novo diagnóstico de disfunção erétil. No início, os homens não apresentavam problemas cognitivos. Eles foram acompanhados por uma média de cinco anos.

Os pesquisadores compararam os 55% dos participantes que tinham prescrições de medicamentos para disfunção erétil com os 45% que não tinham prescrições para eles. Ao longo do estudo, 1.119 pessoas desenvolveram a doença de Alzheimer.

Entre aqueles com receita médica, 749 desenvolveram a doença de Alzheimer – uma taxa de 8,1 casos por 10.000 pessoas-ano. Entre aqueles que não tinham receitas médicas, 370 desenvolveram a doença de Alzheimer – uma taxa de 9,7 casos por 10.000 pessoas-ano. Pessoas-ano representam tanto o número de pessoas e quanto o período que cada pessoa participa do estudo.

Os pesquisadores fizeram ajustes para outras variáveis que poderiam impactar a taxa da doença de Alzheimer, como idade, condições de saúde subjacentes, medicamentos co-prescritos e tabagismo. Os dados revelaram que as pessoas que tomavam medicamentos para a disfunção eréctil tinham 18% menos probabilidade de desenvolver Alzheimer do que as pessoas que não tomavam os medicamentos. A associação foi mais pronunciada naqueles com maior número de prescrições durante o período do estudo.

O fato de os medicamentos para disfunção erétil poderem estar associados a um risco reduzido de doença de Alzheimer é promissor. Contudo, os pesquisadores observaram que o estudo foi realizado apenas em homens, portanto os resultados precisariam ser confirmados em mulheres.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000209131.

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