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24 de junho de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente publicado na revista Neurology sugere que os medicamentos usados para tratar a disfunção erétil podem estar associados a um menor risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer. Embora os resultados sejam promissores, não há evidências definitivas de que os medicamentos para disfunção erétil realmente reduzam o risco de Alzheimer, apenas uma associação foi observada.
Os medicamentos para disfunção erétil funcionam dilatando os vasos sanguíneos para permitir um maior fluxo sanguíneo. Inicialmente desenvolvidos para tratar a hipertensão arterial, uma nova pesquisa sugere que esses medicamentos podem ter um benefício adicional na redução do risco de Alzheimer.
O estudo, conduzido no University College London, envolveu 269.725 participantes do sexo masculino, com idade média de 59 anos, recém-diagnosticados com disfunção erétil. Durante um período médio de acompanhamento de cinco anos, foi observado que os participantes que usaram os medicamentos para disfunção erétil apresentaram um risco 18% menor de desenvolver Alzheimer em comparação com aqueles que não os utilizaram.
Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores destacam a necessidade de mais estudos para confirmar essas descobertas, entender melhor os benefícios potenciais e os mecanismos de ação desses medicamentos, além de investigar a dosagem ideal. Um estudo randomizado e controlado com participantes de ambos os sexos também é considerado necessário para determinar se esses achados se aplicam às mulheres.
É importante notar que o estudo teve algumas limitações, incluindo a falta de informações sobre se os participantes realmente preencheram as prescrições e utilizaram os medicamentos. No entanto, os resultados fornecem uma nova perspectiva na busca por tratamentos que possam prevenir ou atrasar o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000209131.
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