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Pessoas ignoram estar doentes para não desmarcar compromissos

08 de maio de 2024 (Bibliomed). Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostrou que a maioria das pessoas esconde uma doença infecciosa para não ter que desmarcar compromissos pessoais.

Cerca de três em cada quatro pessoas (75%) esconderam uma doença infecciosa de outras pessoas pelo menos uma vez ou poderão fazê-lo no futuro. Essas pessoas relataram embarcar em aviões, sair para encontros e participar de outras atividades sociais enquanto estavam doentes, sem se importar com o risco de infecção que representavam para outras pessoas.

Os pesquisadores recrutaram mais de 900 participantes no campus da Universidade de Michigan, incluindo cerca de 400 funcionários universitários de cuidados de saúde. Perguntou-se aos participantes do estudo há quantos dias sentiram sintomas de doenças infecciosas desde o início da pandemia em março de 2020, bem como se esconderam a sua doença de outras pessoas. Mais de 70% relataram encobrir seus sintomas. Muitos afirmaram que o fizeram porque uma doença entraria em conflito com os planos sociais, enquanto uma pequena percentagem afirmou que o fizeram por falta de folga remunerada.

Outra etapa do estudo envolveu uma pesquisa online com 900 pessoas, algumas das quais estavam ativamente doentes. Os participantes foram convidados a avaliar a transmissibilidade da sua doença real ou imaginária, bem como a probabilidade de esconderem a sua doença para conhecer alguém. Em comparação com participantes saudáveis que apenas imaginavam estar doentes, as pessoas que estavam ativamente doentes tinham maior probabilidade de esconder a sua infecção.

Os pesquisadores também descobriram uma diferença entre como as pessoas realmente se comportam quando estão doentes e como acreditam que agiriam. Segundo eles, pessoas saudáveis previram que seria improvável que escondessem doenças prejudiciais - aquelas que se espalham facilmente e apresentam sintomas graves - mas pessoas ativamente doentes relataram altos níveis de ocultação, independentemente de quão prejudicial a sua doença fosse para os outros.

Fonte: Psychological Science. DOI: 10.1177/09567976231221990.