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Interrupções no sono podem resultar em problemas de memória

05 de abril de 2024 (Bibliomed). Pessoas que dormem mal aos 30 e 40 anos podem ter maior probabilidade de desenvolver problemas de memória e pensamento uma década depois, alerta um estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

O estudo envolveu 526 pessoas com idade média de 40 anos e as acompanharam durante 11 anos. No início, os participantes usaram um monitor de atividade no pulso durante três noites consecutivas para avaliar a duração e a qualidade do sono. Eles foram submetidos a este teste duas vezes, com cerca de um ano de intervalo, para produzir uma avaliação justa dos seus padrões de sono. Além disso, os participantes também preencheram um diário de sono, no qual cerca de 46% relataram sono insatisfatório.

Os pesquisadores se concentraram especificamente na fragmentação do sono, ou interrupções curtas e repetitivas no sono de uma pessoa, rastreando os momentos em que uma pessoa se mexia e se virava por um minuto ou menos enquanto dormia.

Uma década depois, os pesquisadores pediram aos participantes que completassem testes que avaliassem sua memória e capacidade cerebral. Das 175 pessoas com o sono mais perturbado, 44 tiveram um desempenho fraco nos testes 10 anos depois, mostram os resultados. Em comparação, apenas 10 das 176 pessoas que tiveram o sono menos perturbado tiveram um desempenho fraco nos testes de acompanhamento.

Os pesquisadores ressaltam que mais pesquisas são necessárias para avaliar a ligação entre os distúrbios do sono e a cognição em diferentes fases da vida, e para identificar se existem períodos críticos da vida quando o sono está mais fortemente associado à cognição.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000208056.

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