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03 de abril de 2024 (Bibliomed). Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences e liderado pelo Instituto Karolinska revelou que gotas nasais contendo anticorpos IgA podem proteger camundongos da infecção pelo SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19. Esses resultados indicam uma nova abordagem para proteger pessoas com alto risco de diferentes variantes do vírus SARS-CoV-2 e, possivelmente, de outras infecções. O estudo foi publicado na revista PNAS.
Os anticorpos IgA fazem parte do chamado sistema imunológico adaptativo e naturalmente residem nas membranas mucosas das vias aéreas. Níveis baixos ou ausência de IgA mucosa estão associados a um maior risco de infecções por SARS-CoV-2.
As vacinas atuais contra a Covid-19 estimulam principalmente uma resposta de anticorpos IgG no corpo, com eficácia limitada contra as novas variantes Ômicron do vírus. Para superar isso, pesquisadores usaram engenharia genética para criar anticorpos IgA que se ligam à proteína spike do SARS-CoV-2 de maneira semelhante aos anticorpos IgG.
Em testes com camundongos infectados pela variante Ômicron, o tratamento com anticorpos IgA, administrados nasalmente, reduziu significativamente a carga viral nas vias respiratórias. Os anticorpos IgA mostraram uma ligação mais forte à proteína spike do SARS-CoV-2 e maior eficácia na neutralização do vírus em comparação com os anticorpos IgG originais.
Embora não se destinem a substituir as vacinas atuais, os anticorpos geneticamente modificados mostraram ser uma estratégia promissora para fortalecer a proteção contra novas variantes virais. Os pesquisadores acreditam que essa abordagem também pode ser eficaz contra outras infecções respiratórias, como a influenza, e infecções gastrointestinais, como a causada por Helicobacter pylori, onde não há vacina disponível no momento.
Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences. DOI: 10.1073/pnas.2315354120.
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