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05 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo de coorte realizado na Suécia revelou que crianças e adolescentes diagnosticados com depressão unipolar e tratados com antidepressivos não apresentam um aumento significativo na incidência de mania ou hipomania, em comparação com aqueles que não receberam tratamento antidepressivo. Esses resultados desafiam preocupações anteriores sobre o risco de mania emergente em pacientes pediátricos submetidos a terapia com antidepressivos.
O estudo acompanhou 43.677 crianças e adolescentes com diagnóstico de depressão unipolar, sem histórico prévio de mania ou hipomania, transtorno bipolar ou psicose. Durante o período de 12 semanas de acompanhamento, não houve evidência de um aumento na ocorrência de mania ou hipomania entre os pacientes tratados com antidepressivos em comparação com aqueles que não receberam essa forma de tratamento.
Além disso, o estudo identificou que hospitalizações anteriores, histórico de transtorno bipolar em pais e o uso de antipsicóticos e antiepilépticos foram os principais fatores associados ao desenvolvimento de mania ou hipomania durante as semanas de acompanhamento.
Esses resultados fornecem informações valiosas para médicos e profissionais de saúde mental que tratam crianças e adolescentes com depressão unipolar. Eles sugerem que, quando usados adequadamente, os antidepressivos podem ser uma opção segura de tratamento, pelo menos em relação ao risco de mania ou hipomania emergente.
No entanto, é importante destacar que cada caso é único, e o tratamento deve ser cuidadosamente individualizado com base nas necessidades e características do paciente. A depressão em crianças e adolescentes é uma preocupação séria e requer uma abordagem multidisciplinar que leve em consideração fatores médicos, psicológicos e sociais.
Fonte: JAMA Psychiatry. DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2023.3555.
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