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Ciência conseguiu registrar experiência de “quase morte”

21 de março de 2023 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, documentaram experiências de "quase morte" - aquelas nas quais as pessoas estavam morrendo e passaram por reanimação. Eles descobriram que cerca de 20% dos pacientes se lembravam de experiências lúcidas de morte que ocorreram enquanto eles estavam aparentemente inconscientes e morrendo.

O estudo envolveu 25 hospitais nos Estados Unidos e no Reino Unido. Os pesquisadores estudaram 567 pacientes hospitalizados cujos corações pararam durante a internação entre maio de 2017 e março de 2020. Os pacientes receberam ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediatamente, mas apenas 10% receberam alta do hospital.

As experiências descritas por esses pacientes incluíam uma percepção de separação do corpo. Eles relataram observar eventos sem dor ou angústia. O tempo também incluiu uma avaliação significativa da vida. Essas experiências de morte foram diferentes de alucinações, delírios, sonhos ou consciência induzida por reanimação cardiopulmonar.

Os pacientes também foram testados para atividade cerebral oculta durante esse período. Os pesquisadores encontraram picos de atividade cerebral até uma hora após a reanimação cardiopulmonar. Algumas dessas ondas cerebrais geralmente acontecem quando alguém está consciente e realizando funções mentais superiores, incluindo pensamento, recuperação de memória e percepção consciente.

De acordo com os pesquisadores, essas experiências lembradas e mudanças nas ondas cerebrais podem ser os primeiros sinais da chamada experiência de quase morte, e nós os capturamos pela primeira vez em um grande estudo. Juntos, isso sugere que o senso humano de si mesmo e a consciência podem não parar completamente na hora da morte. Isso é muito parecido com outras funções biológicas do corpo.

Os autores do estudo explicaram ainda que, na morte, muitos dos sistemas de freios naturais do cérebro são liberados no que é chamado de desinibição. Uma pessoa tem acesso às profundezas de sua consciência, desde as memórias da primeira infância até outros aspectos da realidade.

Fonte: NYU Grossman School of Medicine. Press release.