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Teste molecular pode diferenciar cistos benignos de malignos

30 de dezembro de 2022 (Bibliomed). O câncer de pâncreas é muitas vezes fatal, mas um teste molecular que pode distinguir com precisão os cistos benignos daqueles que podem se tornar cancerosos pode ser a chave para salvar vidas. Os pesquisadores testaram a tecnologia - chamada PancreaSeq - para ver se poderia funcionar em um ambiente clínico e tiveram sucesso.

O estudo incluiu mais de 1.800 pacientes em 31 instituições. Os pesquisadores analisaram marcadores moleculares no fluido de cisto pancreático coletado de pacientes e os acompanharam por dois anos.

O teste identificou 88% dos cistos mucinosos que evoluíram para câncer, com especificidade de 98%. Uma alta especificidade significa que há poucos resultados falsos positivos.

Quando os pesquisadores examinaram as células sob um microscópio para procurar alterações associadas ao câncer, a precisão aumentou para 93%. A especificidade permaneceu alta em 95%.

Enquanto os cistos pancreáticos mucinosos podem se tornar cancerosos, outro tipo de cisto conhecido como não mucinoso é benigno. Os pesquisadores descobriram que, com base em mutações em genes chamados KRAS e GNAS, o PancreaSeq diagnosticou cistos mucinosos com precisão em 90% dos casos, sem falsos positivos.

O PancreaSeq também foi capaz de detectar cistos não mucinosos e tumores neuroendócrinos pancreáticos, chamados PanNETS. Esses tumores são tipicamente benignos, mas podem ser fatais se se espalharem do pâncreas para outras partes do corpo. O PancreaSeq também pode sequenciar com precisão 22 genes associados a cistos pancreáticos.

O PancreaSeq se mostrou mais preciso do que a vigilância tradicional ou as diretrizes atuais. Essas diretrizes dependem principalmente de imagens para detectar tamanho e taxa de crescimento.

Fonte: Gastroenterology. DOI: 10.1053/j.gastro.2022.09.028.

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