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Mulheres com Auto-Imagem Positiva Praticam mais Sexo

Por Suzanne Rostler

NOVA YORK (Reuters Health). Quando o assunto é uma vida sexual satisfatória, o personagem Austin Powers, que não é muito atraente mas está sempre disposto sexualmente, pode estar à frente de sua época.

De acordo com descobertas de um novo estudo, uma auto-imagem positiva -- e não modelos clássicos de beleza -- pode estar mais relacionada a uma vida sexual satisfatória.

Especificamente, mulheres que se sentiam bem consigo mesmas, apesar de sua aparência ou forma física, tinham relações sexuais mais frequentes, relatando ter mais orgasmos, estar mais inclinada a provar novos comportamentos sexuais e se sentir confortável a tomar a iniciativa no sexo, indica o estudo.

A imagem do corpo não foi o indicador mais marcante de conforto com práticas sexuais ou frequência da atividade sexual, mas esta imagem indicou níveis de conforto com algumas atividades sexuais como se despir na frente do parceiro ou praticar sexo com a luz acesa, destacam os pesquisadores.

"Suspeitamos que muitas mulheres conseguem superar ou, pelo menos, compensar a imagem do corpo negativa se sobressaindo ou tendo confiança em outras áreas da vida", disse Diann M. Ackard, psicóloga em Golden Valley, Minnesota, à Reuters Health.

"Além disso, mulheres com uma auto-imagem positiva devem estar escolhendo parceiros sexuais que aceitam mais uma forma de corpo que não está dentro dos padrões ideais e que estimulam relações sexuais saudáveis e baseadas no respeito", explicou a pesquisadora.

Os resultados do estudo estão baseados em uma pesquisa de uma revista respondida por mais de 3.600 mulheres com idade média de 28,5 anos. Cerca de 95 por cento das mulheres se descreveram como heterossexuais e 81 por cento disseram que eram brancas.

O estudo está publicado na edição de dezembro de International Journal of Eating Disorders.

Os cientistas descobriram que cerca de 60 por cento das mulheres afirmaram que se sentiam insatisfeitas com seu corpo quando se olhavam no espelho.

De acordo com o estudo, aproximadamente 90 por cento disseram que, de alguma forma, tinham consciência de sua aparência e cerca de 95 por cento afirmaram que acreditavam que a atração física tinha um papel nas relações diárias de uma pessoa com outras.

Ackard destacou que a imagem do corpo é somente uma parte da auto-imagem geral de uma pessoa.

"A maneira como uma mulher se vê em seus papéis (como) mãe, trabalhadora, amiga, voluntária; em suas relações com outros; e em sua vida em geral incluindo realizações, desafios, saúde geral física e mental", também influencia a auto-imagem da mulher, disse a pesquisadora.

Sinopse preparada por Reuters Health

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