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Smartphone pode mostrar vasos sanguíneos entupidos no pescoço

07 de outubro de 2022 (Bibliomed). Um vídeo de smartphone pode detectar um vaso sanguíneo bloqueado no pescoço, condição que pode causar um acidente vascular cerebral, resultando em sequelas graves e até morte, sugere um novo estudo da Hospital Universitário Nacional de Taiwan.

Quase 87% dos acidentes vasculares cerebrais são do tipo isquêmico, que acontece quando depósitos de gordura se acumulam na artéria carótida no pescoço, bloqueando o suprimento de sangue para o cérebro. Os pesquisadores explicam que 2% e 5% dos acidentes vasculares cerebrais a cada ano ocorrem em pessoas sem sintomas o que evidencia a necessidade de uma detecção melhor e mais precoce do risco de AVC.

Os pesquisadores relataram da que a análise de movimento do vídeo gravado em um smartphone detectou com precisão artérias estreitadas no pescoço. Os autores explicam que as mudanças na velocidade e no padrão do fluxo sanguíneo através das artérias logo abaixo da superfície da pele são sutis demais para serem vistas a olho nu. Eles, então, usaram a ampliação de movimento e análise de pixels para detectar pequenas mudanças nas características do pulso na superfície da pele em vídeos de smartphones.

Os 202 adultos taiwaneses que participaram do estudo receberam atendimento em um único hospital. O estudo mostrou que cerca de 54% tinham estenose significativa da artéria carótida, o que significa que sua artéria estava pelo menos meio bloqueada, conforme diagnosticado por ultrassom. Os demais participantes não apresentaram bloqueio significativo.

Foi usado um Apple iPhone 6 para gravar vídeos de 30 segundos do pescoço dos pacientes. Durante as gravações, os participantes deitaram de costas, com a cabeça inclinada para trás em um dispositivo para minimizar o movimento. A equipe usou um modelo de telefone mais antigo porque achava que era mais comum. Um algoritmo de análise de movimento de vídeo detectou estenose com taxa de acerto de 87% no grupo que já havia sido diagnosticado por ultrassonografia.

Fonte: Journal of the American Heart Association. DOI: 10.1161/JAHA.122.025702.

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