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Estudo Avalia 'Fama' de Depressão dos Suecos

Estocolmo, (Reuters). Um projeto de pesquisa pode descobrir se os suecos, normalmente considerados tristes, realmente estão mais inclinados à depressão do que pessoas de outras nacionalidades.

O transtorno afetivo sazonal (SAD), uma tristeza que atinge pessoas no inverno devido à falta de luz, será avaliada pelo estudo que entrevistará 5.000 pessoas da província de Skane, ao sul da Suécia. O estudo faz parte de uma pesquisa global.

"A pesquisa pode confirmar o preconceito, embora diferenças culturais serão levadas em conta", disse Bengt Logdberg, chefe do grupo sueco do projeto, ao ser perguntado se é verdade que os suecos estavam mais propensos à depressão do que outras pessoas.

"Na Suécia, temos diversos fatores culturais incluindo a SAD e certas características de personalidade e pesquisas sobre este tema não são muito boas", acrescentou Logdberg.

Médicos afirmam que mais de 20 por cento da população sueca de cerca de 9 milhões sofrem com o SAD, que pode ser tratado através da exposição à luz.

Os voluntários suecos vão responder a uma entrevista de 60 a 90 minutos como parte de Saúde Mental Mundial 2000, uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) com cerca de 200.000 pessoas em 25 países diferentes.

A depressão é considerada uma das principais causas de incapacidade e ausência no trabalho e sua incidência vem crescendo. O custo com medicação e tratamento para pacientes com depressão é de 60 bilhões de dólares ao ano em todo o mundo.

"A depressão é, em muitas formas, uma condição médica, mas difícil de definir pois não é visível como outras doenças como a Aids, que faz com que o corpo definhe", disse Logdberg. "Pessoas que sofrem com o problema podem falar ou comer menos, ficar insatisfeitas consigo mesmas e, em depressão profunda, o corpo passa por mudanças hormonais, entre outras. Em formas mais suaves, a depressão está mais relacionada a fatores ambientais", explicou Logdberg.

Sinopse preparada por Reuters Health

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