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Sintomas de longo prazo pós COVID-19

26 de janeiro de 2021 (Bibliomed). Mais de 75% das pessoas diagnosticadas com COVID-19 têm pelo menos um sintoma da doença seis meses depois de serem infectadas com o vírus, revelou um estudo do Capital Medical University National Center for Respiratory Medicine, na China.

Os dados mostraram que fadiga e fraqueza muscular foram os sintomas persistentes mais comuns, afetando mais de 60% dos participantes do estudo. Além disso, cerca de um em cada quatro participantes relatou dificuldades para dormir ou sintomas de ansiedade ou depressão meses depois de serem diagnosticados com o vírus.

Os pesquisadores explicam que, como a COVID-19 é uma doença nova, eles estão apenas começando a entender alguns de seus efeitos de longo prazo na saúde dos pacientes. Vários estudos documentaram complicações de saúde de longo prazo após a infecção por COVID-19, mas novas pesquisas sugerem que esses problemas podem afetar até mesmo aqueles que sofrem de formas menos graves da doença.

O estudo monitorou a saúde de 1.733 pacientes diagnosticados com o vírus em Wuhan, China, onde o surto começou, entre janeiro e maio, por um período de aproximadamente seis meses. Durante entrevistas de acompanhamento e exames físicos, 76% dos participantes do estudo relataram pelo menos um sintoma contínuo de COVID-19.

Fadiga ou fraqueza muscular foi relatada por 63% dos participantes, enquanto 26% tiveram dificuldades para dormir e 23% experimentaram sintomas de ansiedade ou depressão. Entre os participantes que sofreram doenças mais graves de COVID-19, 56% apresentaram sinais de problemas graves da função pulmonar. Aqueles com doença mais grave tiveram pior desempenho no teste de caminhada de seis minutos, que mede a distância percorrida em seis minutos, do que aqueles com doença menos grave. Treze por cento dos participantes com função renal normal quando receberam alta do hospital mostraram sinais de redução da função orgânica seis meses depois.

Em 94 participantes, exames de sangue também revelaram que eles tinham níveis 53% mais baixos de anticorpos COVID-19, ou células produzidas pelo sistema imunológico humano para combater um vírus, aos seis meses do que no auge da infecção.

De acordo com os pesquisadores, esses resultados levantam preocupações sobre a possibilidade de reinfecção de COVID-19 nesses pacientes ou de eles adoecerem com o vírus novamente.

Fonte: The Lancet. DOI: 10.1016/S0140-6736(20)32656-8.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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