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Problemas mentais diminuem a adesão ao ensino à distância

07 de março de 2022 (Bibliomed). Estudantes que apresentavam problemas de saúde mental antes da pandemia tinham menor probabilidade de aderir às aulas on-line durante o período de isolamento, mesmo tendo acesso à internet. É o que mostrou estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

O estudo analisou dados de 672 estudantes com idades entre 16 e 24 anos com acesso à internet. Desses, 511 se matricularam para as aulas virtuais e 161 não. Os jovens foram avaliados antes e durante a pandemia por meio do Questionário de Forças e Dificuldades (SDQ), um método que rastreia problemas de saúde mental em quatro subescalas: problemas de hiperatividade, emocionais, de conduta e de relacionamento.

Os resultados mostraram que os alunos que apresentavam sintomas prévios de transtornos mentais tiveram menos chances de acompanhar as aulas on-line. Ter pontuação mais alta na escala SDQ antes da pandemia foi relacionado a um aumento de 6% nas chances de não acompanhar as aulas. As meninas tinham 2,3 vezes mais chances de estarem matriculadas no ensino à distância quando comparadas aos meninos. Não houve registro de impacto direto na saúde mental entre os estudantes que aderiram às aulas on-line.

Fonte: PsyArXiv Preprints. DOI: 10.31234/osf.io/knq49.

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