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31 de agosto de 2010 (Bibliomed). Benefícios para a coordenação motora, o equilíbrio e o condicionamento cardiorrespiratório são alguns dos resultados obtidos com a Wiireabilitação, fisioterapia que utiliza o console de videogame Wii da Nintendo. A inovadora terapia - utilizada principalmente no tratamento de crianças com paralisia cerebral, síndrome de Down e problemas de postura - foi apresentada pela fisioterapeuta Fabiana Wachholz, do Rio Grande do Sul, no último sábado, durante o III Congresso de Especialidades Pediátricas, em Curitiba.
Lançado em 2006, o videogame se difere dos outros pelo seu sistema: capaz de detectar o movimento em três dimensões, por meio de um controle com sensor. Assim, o movimento que a pessoa faz é o mesmo que aparece na tela. E os jogos variam de esportes como o tênis, o boxe e o arco e flecha, até os mais lúdicos, com personagens clássicos como Mário Bros e Sonic.
De acordo com a fisioterapeuta, a Wiireabilitação é uma ferramenta a mais no processo normal de reabilitação, e tem vantagens em relação à adesão do paciente. “O ritmo maçante da fisioterapia normal fazia com que houvesse o risco de a criança não querer mais frequentar a terapia”. Na nova terapia, o Wii é utilizado nos últimos 15 ou 20 minutos da sessão, com a criança fazendo os exercícios normais de fisioterapia, esperando para jogar o videogame no fim. “Para quem trabalha com crianças com doenças crônicas, um benefício importantíssimo é a adesão do paciente ao tratamento”, explica a especialista.
Fabiana Wachholz destaca que crianças e adolescentes que possuem paralisia cerebral, síndrome de Down, problemas com a postura, obesidade, dentre outros problemas, podem ser beneficiados pela terapia. A Wiireabilitação trabalharia aspectos como a coordenação motora, o equilíbrio, o alongamento e o condicionamento cardiorrespiratório, além de melhorar a concentração e estimular a atividade cerebral.
Entretanto, a especialista ressalta que é preciso tomar precauções para que não haja acidentes. “Eu não vou colocar a Wiireabilitação próximo de um degrau ou de uma escada. É preciso deixar a criança a uma distância apropriada da tela, porque ela pode bater com o controle, quebrar a televisão e se machucar. Também ver se o controle está bem preso, pois com a empolgação a criança pode largar o controle”, ressalta a fisioterapeuta.
Fonte: Lead Comunicação. Press release. 30 de agosto de 2010.
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