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16 de setembro de 2019 (Bibliomed). Já foi proposto que possuir um animal de estimação poderia prevenir a obesidade, melhorar o perfil lipídico, e reduzir a pressão arterial sistêmica, reduzindo assim o risco de mortalidade e eventos cardiovasculares. Entre todos os animais de estimação, os cães parecem influenciar positivamente a atividade física e fornecer apoio social, o que, por sua vez, é um preditor de adoção e manutenção de mudanças comportamentais. Estudos prévios demonstraram que pessoas que possuem um cão se envolvem em mais atividade física do que os não-proprietários. Embora vários estudos tenham sugerido benefícios para a saúde de possuir um animal de estimação, outros estudos produziram resultados inconclusivos.
Em 2013, uma declaração científica da AHA (American Heart Association) concluiu que a posse de animais de companhia - particularmente a posse de cães - está provavelmente associada à diminuição do risco de doenças cardiovasculares (DCV), com evidências convincentes para uma relação com o aumento da atividade física.
Em um novo estudo, investigadores usaram dados de uma pesquisa de saúde com 1.769 adultos tchecos, com idades entre 25 e 64 anos.
No geral, mais de dois terços dos donos de cães (67%) cumpriram as recomendações "ideais" da AHA para o exercício. Isso significa 150 minutos de exercício aeróbico moderado, ou 75 minutos de atividade vigorosa, a cada semana - juntamente com exercícios de fortalecimento muscular duas vezes por semana. Em contraste, apenas 48% das pessoas sem animais de estimação cumpriram esse ideal, assim como 55% dos outros donos de animais de estimação.
Quando se trata de dieta, poucas pessoas atingem o ideal da AHA, que inclui muitas frutas, legumes, feijão, grãos ricos em fibras, peixes e carne magra. Mas os donos de cães estavam se saindo melhor do que os outros: menos de 7% estavam na faixa "ruim" da dieta, versus 16% das pessoas sem animais de estimação e 13% de outros donos de animais.
Os proprietários de cães, no entanto, ficaram aquém em uma medida de saúde do coração: suas taxas de tabagismo eram mais altas. Isso pode não ser verdade em outros países, como os Estados Unidos, pois, em geral, fumar é mais comum na Europa Oriental.
A mensagem do novo estudo é que as pessoas podem desfrutar de benefícios de saúde de ter um companheiro canino.
As descobertas foram publicadas online em 23 de agosto de 2019 na revista Mayo Clinic Proceedings: Innovations, Quality & Outcomes.
Fonte: Mayo Clinic Proceedings: Innovations, Quality & Outcomes. September 2019. Volume 3, Issue 3, Pages 268–275.
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