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“Vaquinhas” para tratamentos médicos normalmente não batem a meta

01 de março de 2022 (Bibliomed). Muitas pessoas que não têm planos de saúde acabam apelando para as campanhas virtuais a fim de arrecadar dinheiro para cobrir os tratamentos médicos. Conhecidas como crowdfunding nos Estados Unidos - ou "vaquinhas", no Brasil - muitas dessas campanhas não conseguem alcançar as metas, pelo menos nos EUA.

Segundo o GoFundMe, que domina mais de 90% do mercado de crowdfunding dos EUA, mostrou que mais de um terço de suas angariações de fundos são para necessidades médicas. Contudo, um estudo da Universidade de Washington mostrou que quase 90% das campanhas não batem sua meta.]

Para o estudo, os pesquisadores coletaram dados do site da GoFundMe, usando seu mecanismo de busca para encontrar campanhas em todos os EUA. Foram encontradas mais de 437.000 campanhas de arrecadação de fundos listadas para necessidades médicas entre 2016 e 2020. Ao todo, essas campanhas arrecadaram impressionantes US$2 bilhões.

Mas as campanhas variaram muito em seu sucesso: o melhor desempenho arrecadou US$ 2,4 milhões, de mais de 70.000 doadores, enquanto 16% de todas as campanhas não arrecadaram nada. Quando as campanhas ganharam dinheiro, elas normalmente tiveram um sucesso modesto, faturando uma média de US$ 1.100 em 2020. E em todos os anos de estudo, quase 90% das campanhas não atingiram suas metas, metade atingiu 25%, enquanto um terço levantou metade do que esperavam.

O estudo revelou, também, que as campanhas criadas nas regiões com maiores rendas tinham mais sucesso do que aquelas criadas em regiões mais pobres. Segundo os autores, isso indica que aas pessoas que tentam o crowdfunding geralmente alcançam pessoas que conhecem. E para os americanos de baixa renda, isso geralmente significa outras pessoas que enfrentam dificuldades financeiras semelhantes.

Fonte: American Journal of Public Health. DOI: 10.2105/AJPH.2021.306617.

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