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Tratamento Melhor Reduz Morte por Asma no Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - O número de mortes provocadas pela asma está caindo progressivamente no Brasil, de acordo com uma pesquisa que avaliou os óbitos entre os anos de 1979 e 1998.

"Há um pequeno decréscimo, porém muito significativo", disse Mário Adriano dos Santos, alergista da Universidade de São Paulo (USP) e autor do estudo, que será apresentado no 27o. Congresso Brasileiro de Alergia e Imunopatologia, que começa dia 11 de novembro em São Paulo.

Segundo ele, as doenças alérgicas em geral estão sendo melhor avaliadas no país.

"As pessoas estão procurando especialistas, que estão tratando a doença de forma mais precisa", afirmou.

Campanhas dirigidas ao público também têm colaborado para que as pessoas entendam melhor a asma.

Ainda não há cura para a doença, mas há formas de controlar as suas crises, caracterizadas pela contração das vias respiratórias, o que dificulta entrada do ar.

"Pais de crianças com asma hoje já sabem que os quartos não devem ter tapete nem muitos móveis. Isso evita o acúmulo de poeira, fator que pode desencadear uma crise."

Embora os números indiquem apenas uma pequena queda na incidência de morte por asma entre 1979 e 1998, os que sofrem com a doença já podem ter uma qualidade de vida melhor do que há vinte anos, segundo o pesquisador.

Os medicamentos usados no tratamento das crises, corticóides inalatórios (as famigeradas bombinhas), têm ajudado muito os asmáticos.

"Há todo um folclore de que essas bombinhas possam afetar o coração", afirma Santos. "O risco da asma é infinitamente maior do que qualquer possibilidade de problemas cardíacos provocados pelo medicamento", garante.

Sinopse preparada por Reuters Health

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