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15 de fevereiro de 2022 (Bibliomed). O desenvolvimento da tecnologia pode ajudar a medicina a controlar a saúde dos pacientes cardiovasculares. Os dispositivos de pulso, os famosos smartwatches, estão cada vez mais populares e oferecem aos médicos a oportunidade de acompanhar a saúde cardiovascular. Contudo, a precisão desses dispositivos ainda não é conhecida.
Considerando isso, pesquisadores da Stanford University, nos Estados Unidos, realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a precisão de sete smartwatches disponíveis no mercado na estimativa da frequência cardíaca e gasto energético e propor uma estrutura de avaliação deles.
Foram avaliados dispositivos das seguintes marcas: Apple Watch, Basis Peak, Fitbit Surge, Microsoft Band, Mio Alpha 2, PulseOn e Samsung Gear S2. O estudo envolveu 60 voluntários, com idade média de 38 anos, e diferentes alturas, peso, etnias e condicionamento físico. Os pesquisadores fizeram combinações sujeito/dispositivo/atividade para calcular erros na medida de frequência cardíaca e gasto energético.
Os resultados mostraram que os dispositivos relataram menor erro quando os participantes praticavam ciclismo e maior quando caminhavam. O erro foi maior em voluntários do sexo masculino, com maior índice de massa corporal (IMC), negros e que praticavam caminhada.
Nenhum dispositivo obteve um erro de gasto energético abaixo de 20%. O Apple Watch obteve o menor erro geral em frequência cardíaca e gasto energético, enquanto o Samsung Gear S2 registrou o maior.
A partir desses resultados, os pesquisadores concluíram que a maioria dos dispositivos analisados mede adequadamente a frequência cardíaca em atividades, mas estima mal o gasto energético. Por isso, eles sugerem cautela no uso das medidas de gasto energético obtidas através de smartwatches como parte de programas de melhoria da saúde.
Fonte: Journal of Personalized Medicine. DOI: 10.3390/jpm7020003.
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