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18 de janeiro de 2022 (Bibliomed). Até que ponto situações de raiva, emoções e estresse podem estar ligadas à ocorrência de um acidente vascular cerebral (AVC)? O AVC é a principal causa global de morte ou invalidez. A cada ano, aproximadamente 7.500 irlandeses sofrem um AVC e cerca de 2.000 dessas pessoas morrem. Estima-se que 30.000 pessoas estão vivendo na Irlanda com deficiência como resultado de um acidente vascular cerebral.
No estudo INTERSTROKE, pesquisadores avaliaram a associação de raiva ou transtorno emocional e esforço físico pesado com AVC agudo, para determinar a importância dos gatilhos em uma grande população internacional. A pesquisa foi publicada no European Heart Journal.
Os gatilhos suspeitos foram identificados como parte do estudo INTERSTROKE global - o maior projeto de pesquisa desse tipo, que analisou 13.462 casos de AVC agudo, envolvendo pacientes com uma variedade de origens étnicas em 32 países, incluindo a Irlanda.
A pesquisa analisou padrões em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral isquêmico - o tipo mais comum de acidente vascular cerebral, que ocorre quando um coágulo de sangue bloqueia ou estreita uma artéria que leva ao cérebro, e também hemorragia intracerebral - que é menos comum e envolve sangramento no tecido cerebral em si.
A pesquisa descobriu que a raiva ou a perturbação emocional estava ligada a um aumento de aproximadamente 30% no risco de AVC durante uma hora após um episódio - com um aumento maior se o paciente não tivesse uma história de depressão. A chance também foi maior para aqueles com menor nível de escolaridade.
Também se verificou que o esforço físico intenso foi associado a um aumento de aproximadamente 60% no risco de hemorragia intracerebral durante uma hora após o episódio de esforço intenso. Houve um aumento maior para as mulheres e menos risco para aquelas com IMC normal. O estudo também concluiu que não houve aumento de uma AVC isquêmico com a exposição aos gatilhos da raiva e ao esforço físico intenso (e sim aumento no risco de uma hemorragia intracerebral).
A conclusão do estudo é para que as pessoas pratiquem o bem-estar mental e físico em todas as idades. Mas também é importante para algumas pessoas evitar esforços físicos pesados, particularmente se eles têm alto risco de doenças cardiovasculares, ao mesmo tempo que adotam um estilo de vida saudável de exercícios regulares.
Fonte: European Heart Journal. DOI: 10.1093/eurheartj/ehab738.
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