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28 de setembro de 2021 (Bibliomed). Desde o início da pandemia, pesquisadores em todo o mundo vêm procurando maneiras de tratar COVID-19. E embora as vacinas COVID-19 representem a melhor medida para prevenir a doença, as terapias para aqueles que se infectam permanecem escassas. Um novo estudo inovador da Universidade de Michigan revela que várias drogas já em uso para outros fins - incluindo um suplemento dietético - foram demonstrados como capazes de bloquear ou reduzir a infecção por SARS-CoV2 nas células.
O estudo, publicado recentemente no Proceedings of the National Academy of Science, usa a análise de imagens de linhas de células humanas alimentadas por inteligência artificial durante a infecção com o novo coronavírus. As células foram tratadas com mais de 1.400 drogas e compostos individuais aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration dos Estados Unidos), antes ou depois da infecção viral, e examinadas, resultando em 17 resultados potenciais. Dez desses resultados foram recentemente reconhecidos, com sete identificados em estudos anteriores de reaproveitamento de drogas, incluindo remdesivir, que é uma das poucas terapias aprovadas pelo FDA para COVID-19 em pacientes hospitalizados.
Segundo os pesquisadores, as terapias descobertas estão bem posicionadas para os ensaios clínicos de fase 2 porque sua segurança já foi estabelecida.
A equipe validou os 17 compostos candidatos em vários tipos de células, incluindo células-tronco derivadas de células pulmonares humanas em um esforço para simular a infecção por SARS-CoV2 do trato respiratório. Nove mostraram atividade antiviral em doses razoáveis, incluindo lactoferrina, uma proteína encontrada no leite materno humano que também está disponível como um suplemento dietético derivado do leite de vaca.
Segundo os autores, a lactoferrina tem uma eficácia notável na prevenção de infecções, funcionando melhor do que qualquer outra coisa que foi observada no estudo. Os dados iniciais sugerem que esta eficácia se estende até mesmo à novas variantes de SARS-CoV2, incluindo a variante Delta, que é altamente transmissível.
A equipe está preparando testes clínicos do composto para examinar sua capacidade de reduzir as cargas virais e a inflamação em pacientes com infecção por SARS-CoV2.
Notavelmente, o estudo também identificou uma classe de compostos chamados inibidores MEK, normalmente prescritos para tratar o câncer, que parecem piorar a infecção por SARS-CoV2. A descoberta esclarece como o vírus se espalha entre as células. A próxima etapa é usar registros de saúde eletrônicos para ver se os pacientes que tomam esses medicamentos apresentam resultados de COVID-19 piores.
Fonte: PNAS. September, 2021 118 (36) e2105815118.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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