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Adolescentes devem se vacinar para COVID-19

06 de agosto de 2021 (Bibliomed). Diante do crescente movimento antivacina, especialistas defendem que os adolescentes tenham o direito de fazer suas próprias escolhas em relação a receber ou não a vacina de COVID-19.

Uma pesquisa realizada em abril encontrou 52% dos adolescentes nos Estados Unidos afirmaram que gostariam de receber o imunizante contra o novo coronavírus. Contudo, em muitos casos, seus pais podem não apoiar essa decisão.

É por isso que alguns especialistas estão argumentando que os estados deveriam rever os requisitos de consentimento dos pais para vacinas e permitir que os adolescentes façam suas próprias escolhas quando se trata de imunizações.

Uma pesquisa publicada no começo do mês pelo Morbidity and Mortality Weekly Report, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, mostrou que apenas 56% dos pais cujos filhos adolescentes não foram imunizados pretendem deixar que eles recebam alguma vacina. Isso ocorre em um momento especialmente delicado, no qual a variante Delta do novo coronavírus está se espalhando com rapidez.

Para o diretor do Scattergood Program for the Applied Ethics of Behavioral Health Care da University of Pennsylvania, Dominic Sisti, muitos adolescentes entendem a biologia, os riscos e benefícios da vacinação, e muitos pais podem não ter essa mesma compreensão.

Em um artigo de opinião recente no jornal JAMA Pediatrics, Sisti e outros argumentaram que crianças a partir dos 12 anos deveriam poder escolher por si mesmas para tomar a vacina COVID-19.

Para os pesquisadores, adolescentes de 15 anos ou mais devem poder ser vacinados sem o consentimento ou notificação dos pais, acrescentaram, ressaltando que a lei geralmente reconhece a idade de 14 anos como o momento em que o desenvolvimento de mentes jovens torna-se capaz de se engajar em decisões adultas competentes. Para aqueles com idade entre 12 e 14 anos, eles sugerem que deveriam ter permissão para consentir com a vacinação com o apoio e facilitação de seus médicos ou outros adultos de confiança em suas vidas, e seus pais deveriam ser notificados, a menos que a notificação represente um risco para a criança.

Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2021.1855.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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