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Obesidade pode diminuir fluxo de sangue para o cérebro

09 de julho de 2021 (Bibliomed). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade atingiu proporções epidêmicas em todo o mundo, com mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso - e pelo menos 300 milhões clinicamente obesos. A obesidade continua a ser um dos principais contribuintes para as taxas globais de doenças crônicas e incapacidades, afetando a qualidade geral de vida, ao mesmo tempo em que sobrecarrega o sistema imunológico, o que é de extrema importância dada a situação atual do COVID-19. A obesidade também é uma preocupação significativa para a saúde pública, devido ao seu impacto negativo na função fisiológica, especialmente em pessoas mais idosas.

Agora, um novo estudo irlandês revela que o excesso de peso ou obesidade reduz significativamente o fluxo sanguíneo no cérebro. O estudo também mostra que o aumento da atividade física pode modificar positivamente, ou mesmo anular, essa redução no fluxo sanguíneo cerebral. Foram avaliados 495 pacientes, idade média de 69 anos, sendo 52,1% mulheres.

O estudo (The Irish Longitudinal Study on Ageing _TILDA) avaliou três medidas diferentes de obesidade - o índice de massa corporal (IMC), a relação cintura-quadril e a circunferência da cintura, bem como atividade física, em adultos com mais de 50 anos. O fluxo sanguíneo cerebral foi medido usando técnicas de varredura e análise de ressonância magnética.

As descobertas revelam que estar acima do peso ou obeso está associado à redução do suprimento de sangue para o cérebro. Enquanto o fluxo sanguíneo cerebral é conhecido por diminuir com a idade, neste estudo a influência negativa da obesidade no fluxo sanguíneo cerebral mostrou ser maior do que a idade. Um aumento no tamanho da cintura de + 1 cm estava associado à mesma redução no fluxo sanguíneo cerebral de +1 ano de idade.

No entanto, ser fisicamente ativo ajuda a cancelar os efeitos negativos da obesidade no fluxo sanguíneo cerebral. Níveis maiores de atividade física podem modificar potencialmente essas associações.

Fonte: Neurobiology of Aging. DOI: 10.1016/j.neurobiolaging.2021.04.008.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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