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Perguntas e respostas sobre a vacina AstraZeneca COVID-19

30 de junho de 2021 (Bibliomed). Após casos de coágulos sanguíneos relacionados à vacina AstraZeneca COVID-19, muitas dúvidas surgiram, especialmente entre aquelas pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante. Pensando nisso, pesquisadores canadenses do McMaster Platelet Immunology Laboratory elaboraram uma lista com as principais dúvidas relacionadas à essa vacina.

Os pesquisadores são unânimes em destacar que todos que receberam a vacina da AstraZeneca entendam que a vacina é excelente e eficaz, e que se vacinar é importante para proteger não apenas à própria pessoa, mas a toda a comunidade na qual está inserida.

Se eu tomar a primeira dose da vacina AstraZeneca COVID-19, devo me preocupar com a segurança?

O risco de reações adversas graves é muito pequeno: cerca de um em 55.000 para a primeira dose. Contudo, é importante que a pessoa vacinada esteja atenta e informada. Os pesquisadores ressaltam que agora têm uma compreensão muito melhor de como diagnosticar e tratar a coagulação devido às vacinas COVID-19, chamadas de trombocitopenia trombótica induzida por vacina quando ela ocorre, diminuindo o risco de complicações e morte.

Devo tomar uma segunda dose de AstraZeneca? Se assim for, quando?

A vacina AstraZeneca é de duas etapas, e é fundamental que a pessoa vacina tome as duas doses. A primeira dose não é capaz de prevenir todas a infecções, apesar de ser capaz de prevenir a morte por infecção. Já a segunda dose fortalece a memória da resposta imunológica, aumentando a proteção e reduzindo, também, a capacidade de transportar ou disseminar o vírus. O prazo para tomar a segunda dose é marcado na carteira de vacinação e pode variar de 12 a 20 semanas.

Os riscos são diferentes para uma segunda dose?

Os dados mostraram que o risco de coágulo sanguíneo após a segunda dose da vacina AstraZeneca é infinitamente menor que o da primeira dose (cerca de um em 600.000).

Qual a gravidade do risco para a saúde dos coágulos sanguíneos que podem ocorrer após uma vacina?

Coágulos sanguíneos podem ser graves e, se não tratados a tempo, podem se tornar fatais. É fundamental que as pessoas saibam identificar os sintomas relacionados a esses coágulos e busquem ajuda médica assim que começarem os sintomas. Contudo, os casos relacionados à vacina AstraZeneca são raros.

É seguro receber uma vacina diferente para minha segunda dose?

De acordo com o Comitê Consultivo Nacional de Imunização do Canadá, o ideal é que a segunda dose da vacinação ocorra com a mesma vacina, mas, caso não esteja disponível, a imunização seja feita com a mesma "plataforma" de tecnologia da primeira. No caso da AstraZeneca, uma opção é a da Johnson&Johnson.

Apesar de novos estudos estarem surgindo sobre a eficácia e segurança da combinação de vacinas de plataformas diferentes, eles ainda estão em andamento e, por enquanto, a recomendação é manter a mesma tecnologia.

Existem quaisquer sintomas que as pessoas devam estar atentas que possam indicar um coágulo sanguíneo?

Os sintomas de coágulos são bem documentados. Eles podem ocorrer quatro ou mais dias após a vacinação e incluem:

- Dores de cabeça fortes e persistentes;
- Visão turva severa e persistente;
- Inchaço nas pernas;
- Dificuldade ao respirar;
- Dor abdominal;
- Hematomas além do local de vacinação.

É importante procurar atendimento médico imediato nesses casos. Também é importante notar que febre ligeira, cefaleia, fadiga e dor no local da vacinação são comuns a todas as vacinas nos primeiros um ou dois dias e não são motivo de preocupação.

Quem corre risco de coagulação devido à vacina AstraZeneca?

Ainda é difícil identificar fatores de risco específicos, mas há indícios de que o número de mulheres que sofreram com coágulos é ligeiramente superior aos homens. A vacina AstraZeneca não é recomendada para pessoas que tiveram um caso anterior de trombocitopenia induzida por heparina ou de raros coágulos de trombose do seio venoso cerebral. Uma história familiar de coagulação não parece ser relevante para os riscos da vacina, uma vez que os mecanismos são completamente diferentes.

Fonte: McMaster University. Health & Medicine - Infectious Disease. May 31, 2021.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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