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Adolescentes que usam maconha tendem a ter piores resultados na escola

14 de junho de 2021 (Bibliomed). O uso de maconha por adolescentes pode prejudicar as chances futuras dele conseguir um bom emprego com um grande salário, principalmente por interferir em sua educação, descobriu um novo estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

O estudo foi realizado com gêmeos idênticos, pois compartilham a mesma genética, origem familiar e ambiente, o que, segundo os pesquisadores, facilita filtrar outros fatores potenciais.

Um adolescente que usa mais maconha do que seu irmão gêmeo idêntico mostrou ter menos probabilidade de acabar em uma ocupação altamente qualificada com melhor pagamento. De acordo com os pesquisadores, isso não ocorreu porque a maconha tenha causado danos irreversíveis ao cérebro em desenvolvimento, mas sim porque os jovens que usaram maconha apresentaram piores resultados escolares, o que afetou seu futuro.

Adolescentes que usaram maconha apresentaram um GPA mais baixo, e tinham menos motivação acadêmica e mais problemas de disciplina, além de serem mais propensos a se envolverem com colegas com problema de comportamento.

GPA é uma avaliação de desempenho no curso. Nos Estados Unidos, essas médias são calculadas para alunos a partir do ensino médio e podem ser usados por empregadores e instituições de ensino para avaliar e comprar candidatos.

Os pesquisadores especulam que a maconha pode causar diminuições temporárias na motivação, o que leva a desinteresse nos estudos e a notas mais baixas e a menor nível de escolaridade.

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences. DOI: 10.1073/pnas.2013180118.