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NOVA YORK (Reuters Health) - Mulheres vítimas de violência na infância ou na fase adulta são mais suscetíveis a ficar doentes.
"As manifestações e as formas de violência variam, mas sempre que se pesquisa o tema essa associação, que é pouco reconhecida, vem à tona", disseram Gunilla Krantz, da Escola de Saúde Pública Nórdica, em Gotemburgo, e Per-Olof Ostergren do Hospital Universitário Malmo, na Suécia.
Os pesquisadores examinaram a associação entre violência e o aparecimento de sintomas variados em 397 mulheres entre 40 e 50 anos de idade.
Segundo os autores, quase um terço das mulheres foi vítima de abuso durante a infância e uma em cada sete foi alvo de violência na fase adulta. Cerca de 10 por cento das mulheres foram vítimas de violência tanto na infância quanto na idade adulta.
De acordo com o estudo, as mulheres espancadas regularmente na infância foram 11 vezes mais suscetíveis que as demais a apresentar grande número de sintomas médicos. As vítimas de abuso sexual na fase adulta foram sete vezes mais propensas a ter um alto número de doenças.
Em geral, as mulheres que sofreram abuso são duas vezes mais propensas a desenvolver múltiplos sintomas médicos que as outras mulheres, afirmam os pesquisadores na edição de novembro do Journal of Epidemiology and Community Health (Epidemiologia e Saúde Comunitária).
A falta de apoio social aumenta substancialmente o nível de sintomas entre mulheres vítimas de abuso, observaram os pesquisadores.
Baseados nesses dados, os autores concluíram que atos de violência durante a infância ou na vida adulta são prognósticos independentes de um grande número de sintomas em mulheres na faixa dos 40 anos.
"Todas as mulheres atendidas nos serviços básicos de saúde com sintomas múltiplos deveriam ser questionadas sobre experiências de violência ou abuso já que, na maioria das vezes, esses fatos não são nem admitidos nem relatados", afirmaram Krantz e Ostergren.
Sinopse preparada por Reuters Health
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