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Perda e alterações do olfato e paladar são comuns em pacientes com COVID-19

31 de dezembro de 2020 (Bibliomed). A perda do olfato e do paladar são comuns em pacientes com COVID-19, e esses sintomas podem preceder os sintomas sistêmicos, de acordo com um estudo publicado na revista Neurology Clinical Practice.

Pesquisadores italianos conduziram uma análise retrospectiva envolvendo pacientes admitidos durante março de 2020 na unidade COVID-19 não intensiva do Hospital Universitário de Udine. Noventa e três pacientes foram entrevistados com um questionário padronizado para examinar a prevalência de hiposmia (baixa sensibilidade olfativa) e disgeusia (também conhecida como paladar fantasma ou distorcido, é uma alteração na percepção do paladar que pode ser temporária ou permanente).

Os pesquisadores descobriram que 62,4% dos casos tinham hiposmia e disgeusia. O comprometimento olfatório e gustativo precedeu claramente os sintomas sistêmicos em 22,4%. Em ambos os grupos, a presença de tabagismo ativo foi muito limitada (8,6% versus 2,9% em pacientes hipósmicos e normósmicos, respectivamente. No grupo da hiposmia, a contagem total de leucócitos e neutrófilos foi 23% e 29% menor, respectivamente. Para outros biomarcadores inflamatórios, nenhuma diferença foi observada.

Mais pesquisas são necessárias para determinar se esta diminuição observada nos glóbulos brancos pode ser usada para ajudar a identificar pacientes nos estágios iniciais da infecção por COVID-19. Para pessoas cujos primeiros sintomas foram perda do paladar e do olfato, verificou-se que muito poucos tinham congestão nasal, e assim a obstrução das vias nasais é uma causa improvável para esses sintomas. No entanto, a associação entre um desequilíbrio das células sanguíneas e a perda do sentido do olfato pode ajudar na identificação de pacientes em risco.

Fonte: Neurology Clinical Practice. DOI: 10.1212/CPJ.0000000000001029.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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