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LONDRES (Reuters) - Pesquisadores australianos anunciaram na terça-feira
que a probabilidade de lésbicas contraírem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs),
como hepatite e herpes genital, é tão grande quanto a de mulheres heterossexuais.
Acredita-se comumente que as lésbicas têm poucas chances de contraírem DSTs, mas um
estudo conduzido por cientistas da Unidade de Saúde Sexual de Alice Springs, na
Austrália, mostrou que elas correm os mesmos riscos de outras mulheres.
"Demonstramos uma prevalência maior de comportamentos conducentes a doenças
vaginais bacterianas, hepatite C e contaminação por HIV em mulheres que se relacionam
sexualmente com outras mulheres, quando comparadas a controles", disse a Dra.
Katherine Fethers, num relatório publicado no periódico "Sexually Transmitted
Infections" (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
Os pesquisadores compararam os históricos médicos e comportamentos sexuais de 1.408
lésbicas e 1.423 mulheres heterossexuais atendidas numa clínica de saúde sexual em
Sydney, entre março de 1991 e dezembro de 1998.
Fethers e seus colegas disseram que apenas 7 por cento das mulheres que tinham parceiras
sexuais afirmaram nunca terem tido sexo com homens. Mas era mais alta a probabilidade de
terem se relacionado com homens gays ou bissexuais e de terem mais parceiros sexuais do
que as mulheres heterossexuais, ao longo de suas vidas.
"Esses dados indicam a necessidade de aprofundarmos nossa compreensão da saúde
sexual das mulheres que se relacionam sexualmente com outras mulheres", acrescentou
Fethers.
Ela também pediu mais pesquisas básicas sobre DSTs, incluindo o vírus HIV, causador da
Aids, e estratégias de intervenção voltadas às lésbicas.
Sinopse preparada por Reuters Health
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