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29 de setembro de 2020 (Bibliomed). Uma investigação coordenada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) buscou monitorar a diversidade genética do novo coronavírus, especialmente durante os primeiros meses da epidemia e descobriu que, em Portugal, o início da pandemia foi marcado pela disseminação massiva de uma variante italiana do novo coronavírus (SARS-CoV-2).
De acordo com o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal", uma variante do SARS-CoV-2 com uma mutação específica começou a circular nas regiões Norte e Centro do país mais de uma semana antes do diagnóstico dos primeiros casos.
Os primeiros resultados do estudo, que já analisou 1.785 sequências do genoma do novo coronavírus, revelam que “o início da pandemia em Portugal se caracterizou pela disseminação massiva de uma variante do SARS-CoV-2 com uma mutação específica na proteína Spike”, que tem sido objeto de investigação e o principal foco da vacina por ser responsável pela ligação do vírus às células humanas, permitindo a infeção.
Esta variante “D839Y” do SARS-CoV-2 terá entrado em Portugal, no Norte e Centro, “por volta do dia 20 de fevereiro, associada a umas viagens a Itália, especificamente à região da Lombardia, e teria circulado de forma descontrolada e não detectada nessas regiões de Portugal, espalhando-se massivamente em uma série de cadeias de transmissão.
De acordo com o estudo, a fase exponencial da pandemia em Portugal, que basicamente foi em março e nos primeiros dias de abril, a variante chegou a corresponder a 33% dos casos em determinados dias, 3% de todos os casos tinham esta mutação, e em dados cumulativos, calculou-se que em 09 ou 10 de abril, esta mutação estivesse presente em cerca de 4.000 pessoas com covid-19”, salientou.
Fonte: Direção-Geral de Saúde. 28 de setembro de 2020.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
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