Notícias de saúde
11 de setembro de 2020 (Bibliomed). Em 11 de agosto, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o registro da primeira vacina contra COVID-19 do mundo. Segundo artigo publicado no The Lancet no início de setembro, a vacina russa, chamada de Sputnik V, levou os voluntários a desenvolverem anticorpos contra o SARS-CoV-2. Agora, um grupo internacional de cientistas, em carta aberta, questionou pesquisas russas que analisaram a vacina.
O grupo de 29 cientistas, em sua maioria europeus, liderado pelo professor de biologia da Temple University, Enrico Bucci, disse na carta aberta que observou vários casos de aparente duplicação em relatórios de resposta de anticorpos da vacina "Sputnik V" em voluntários humanos.
Segundo eles, todos os nove voluntários expostos a uma formulação da vacina pareciam ter títulos de anticorpos idênticos em 21 e 28 dias. O mesmo foi observado em sete dos nove voluntários que receberam outra formulação. Além disso, os cientistas disseram que observaram valores duplicados para diferentes grupos de pacientes.
“Com base em avaliações probabilísticas simples, o fato de observar tantos pontos de dados preservados entre diferentes experimentos é altamente improvável”, afirma a carta.
A pesquisa russa foi publicada no jornal médico The Lancet para revisão por pares, uma etapa fundamental no processo de aprovação de qualquer vacina. Em sua carta, os cientistas também expressaram preocupação com a falta de dados originais apresentados por pesquisadores russos em seu artigo no Lancet.
Em entrevista ao The Moscow Times, Bucci explicou que entre os diferentes grupos de pacientes, testando formulações diferentes, os resultados obtidos foram os mesmos, o que é altamente improvável de se observar. "É como se você jogasse um dado e obtivesse exatamente a mesma sequência de números várias vezes: é altamente improvável", finaliza.
Fonte: Cattivi Scienziati. 7 Settembre 2020.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
Veja também