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19 de maio de 2020 (Bibliomed). Qual a influência da pandemia do coronavírus e do confinamento resultante na saúde mental das crianças?
Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, em Wuhan, China, examinaram os sintomas depressivos e de ansiedade entre os estudantes de Wuhan que estavam restritos a suas casas a partir de 23 de janeiro de 2020, e permaneceram em quarentena domiciliar até 8 de abril de 2020, e os de Huangshi que começaram a observar restrições em 24 de janeiro de 2020 e permaneceram em casa até 23 de março de 2020. Um total de 1.784 participantes (62,2% residiam em Huangshi) completou uma pesquisa entre 28 de fevereiro e 5 de março de 2020, quando estavam restritos a casa por uma média de 33,7 dias.
Os pesquisadores descobriram que 22,6% e 18,9% dos estudantes relataram sintomas depressivos e de ansiedade, respectivamente. Os estudantes de Wuhan tiveram pontuações significativamente mais altas no Inventário de Depressão Infantil - Forma Curta (CDI-S) do que as de Huangshi, com chances aumentadas de sintomas depressivos. Pontuações CDI-S significativamente menores foram relatadas para estudantes que estavam pouco ou não preocupados em serem afetados pelo COVID-19 em comparação àqueles que estavam bastante preocupados, com chances reduzidas de sintomas depressivos. Pontuações CDI-S significativamente mais elevadas foram relatadas para aqueles que não estavam otimistas sobre a epidemia em comparação com aqueles que eram bastante otimistas, com chances aumentadas de sintomas depressivos.
Estes resultados demonstram as alterações na saúde mental das crianças decorrentes da pandemia e do confinamento.
Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2020.1619.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
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