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O Governo de Washington está investigando 90 laboratórios acusados de boicotarem remédios genéricos.
A indústria farmacêutica americana está em guerra. Lá, assim como no Brasil, o inimigo dos grandes laboratórios é o mesmo: os remédios sem marca, chamados de genéricos.
Nesta semana, a Comissão Federal do Comércio anunciou que vai investigar 90 empresas para descobrir se elas estão boicotando a produção e distribuição de remédios genéricos.
A comissão já entrou com uma queixa contra duas empresas, acusando-as de terem interrompido ou atrapalhado a produção de dois medicamentos genéricos.
É fácil de entender essa disputa quando se analisa o potencial do mercado. Nos próximos cinco anos, remédios que hoje movimentam US$ 20 bilhões em vendas vão perder suas patentes. Sem essa proteção, os lucros podem diminuir. Por outro lado, quanto maior for a presença dos remédios genéricos, maior será a economia por parte do consumidor. A porta-voz da associação que reúne os fabricantes de remédios dos Estados Unidos - Pharmaceutical Research and Manufacturers of America – disse que a investigação não preocupa.
“Temos confiança que qualquer estudo por parte da Comissão Federal vai mostrar que a política dos laboratórios é benéfica para os pacientes”, disse Jackie Cottrell. O vice-presidente Al Gore, candidato presidencial nas eleições de novembro, já disse várias vezes que a indústria farmacêutica não permite a competição livre.
No Brasil, 25 pessoas já foram indiciadas pela Polícia Federal por crime contra a economia. O Ministério Público continua processando 21 laboratórios, além da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica.
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