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Ligação entre doenças cardíacas congênitas e doença renal crônica

04 de março de 2020 (Bibliomed). A sobrevida após o reparo cirúrgico das doenças cardíacas congênitas melhorou acentuadamente; no entanto, existem dados limitados sobre doença renal crônica terminal (DRCT) a longo prazo e mortalidade durante a infância nestes pacientes operados.

Foi realizado um estudo de coorte observacional de base populacional de 3.600 crianças que fizeram sua primeira cirurgia para cardiopatia congênita nos dez primeiros anos após o seu nascimento. O estudo foi realizado em Ontário, Canadá, onde os residentes têm acesso universal aos serviços de saúde. Cada criança submetida a reparo cirúrgico foi comparada com dez crianças da população em geral, semelhantes em idade, sexo, data do índice, ruralidade e renda da vizinhança. Os resultados primários da mortalidade por todas as causas e DRC foram relatados até março de 2015.

Os pesquisadores descobriram que, durante o acompanhamento, 4% das crianças que fizeram cirurgia para doenças cardíacas congênitas morreram e 1% evoluíram com DRCT. Comparado com a população controle pareada, a incidência cumulativa de morte e DRCT em um, cinco e 10 anos foi maior em crianças com reparo cirúrgico de cardiopatia congênita (óbito: 3%, 4% e 5%, respectivamente; DRCT: 1%, 2% e 2%, respectivamente). O aumento do risco de DRCT e morte foi baseado na gravidade da cardiopatia congênita, com o maior risco observado em crianças com síndrome de hipoplasia do ventrículo esquerdo.

Portanto, de acordo com o este estudo publicado no Clinical Journal of the American Society of Nephrology, o risco de mortalidade e doença renal em estágio terminal (DRCT) é alto em crianças submetidas a reparo cirúrgico de cardiopatia congênita em comparação com a população em geral.

Fonte: CJASN. DOI: 10.2215/CJN.00690119.

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