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Uso do Kratom apresenta riscos para seus usuários

20 de agosto de 2019 (Bibliomed). O suplemento herbáceo não regulamentado conhecido como kratom, que é usado principalmente para tratar a dor ou distúrbios de humor, está associado a toxicidades significativas, de acordo com um estudo publicado na revista Pharmacotherapy.

O Kratom (Mitragyna speciosa) provém da Tailândia e da Malásia, onde é usado como substituto para o ópio. O principal alcaloide no kratom é a mitraginina, conhecida pelos efeitos positivos no humor. Estimula o corpo e aumenta a atividade.

Pesquisadores da Binghamton University, em Nova York, e colegas conduziram uma revisão retrospectiva das exposições à kratom relatadas ao National Poison Data System para determinar as toxicidades associadas. As fatalidades associadas à kratom foram identificadas no escritório de um médico legista do condado no estado de Nova York.

Os pesquisadores identificaram 2.312 exposições ao kratom; 935 casos envolveram kratom como a única substância. O kratom causou mais frequentemente agitação, taquicardia, sonolência, vômitos e confusão (18,6%, 16,9%, 13,6%, 11,2% e 8,1%, respectivamente). Também houve relatos de efeitos graves de convulsão, abstinência, alucinações, depressão respiratória, coma e parada cardíaca ou respiratória (6,1%, 6,1%, 4,8%, 2,8%, 2,3% e 0,6 %, respectivamente). Na morte de quatro indivíduos identificados pelo escritório do médico-legista do condado, o kratom foi listado como causa ou fator contribuinte.

O estudo concluiu que o uso de kratom está aumentando e está associado a toxicidades significativas. As descobertas sugerem que não é razoável esperar que o kratom seja seguro e que representa uma ameaça à saúde pública, devido à sua disponibilidade como um suplemento fitoterápico.

Fonte: Pharmacotherapy. DOI: 10.1002/phar.2280.

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