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Dermatite atópica grave está associada a um maior risco de doença cardiovascular

02 de julho de 2018 (Bibliomed). Indivíduos adultos com eczema atópico grave têm um risco aumentado de apresentarem uma doença cardiovascular, de acordo com um estudo publicado na revista BMJ.

O eczema atópico (ou dermatite atópica) refere-se às manifestações inflamatórias da pele e recidivantes associadas à atopia. Trata-se de uma dermatose crônica e inflamatória, acompanhada de coceira, eque evolui por crises. O termo “atopia” significa “doença estranha” e é um termo da década de 1920, referente a pessoas com tendência a sofrer de dermatite (alergias na pele), rinite alérgica e asma. A atopia é uma condição genética que faz com que o paciente atópico adquira, de maneira hereditária, diversas alterações em seu sistema imunológico (de defesa), todas decorrentes dessa configuração gênica. A grande maioria dos atópicos tem antecedentes familiares – vários casos na família com as diversas formas da atopia nos mais variados estágios e intensidades.

Pesquisadores britânicos conduziram um estudo populacional envolvendo adultos com um diagnóstico de eczema atópico, pareados com até cinco pacientes sem eczema atópico (387.439 e 1.528.477 pacientes, respectivamente). Os pacientes foram acompanhados por uma mediana de 5,1 anos.

Os pesquisadores descobriram que os pacientes com eczema atópico tinham evidências de 10% a 20% de aumento no risco de desfechos cardiovasculares primários não fatais. Uma forte relação dose-resposta foi observada em relação à gravidade do eczema atópico. Pacientes no grupo de eczema atópico grave tinham risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, angina instável, fibrilação atrial, morte cardiovascular e insuficiência cardíaca. O risco de desfechos cardiovasculares foi maior nos pacientes com eczema atópico mais ativo.

Segundo os autores da pesquisa, a segmentação das estratégias de prevenção de doenças cardiovasculares entre esses pacientes deve ser considerada devido à associação observada.

Fonte: BMJ 2018. DOI:10.1136/bmj.k1786.

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