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12 de junho de 2015 (Bibliomed). As autoridades de saúde dos EUA advertiram no ano passado que nove em cada 10 crianças americanas comem mais sal do que deveriam, aumentando seu risco ao longo da vida para hipertensão arterial e doenças cardíacas.
Mas um novo estudo descobriu que o consumo de quantidades superiores às recomendadas de sal parece não ter efeitos nocivos sobre a pressão arterial de meninas adolescentes.
No novo estudo foram analisados os efeitos a longo prazo do sal e do potássio sobre a pressão arterial entre 2.185 meninas com idades de 9 a 10 anos e que participaram do National Heart, Lung, and Blood Institute's Growth and Health Study. O consumo alimentar foi baseado no auto-relato, e a pressão arterial foi medida anualmente por 10 anos. O novo estudo também indica que dietas ricas em potássio nestas idades ajudam a proteger contra o aumento da pressão arterial mais tardiamente.
Os resultados do estudo contradizem as diretrizes atuais de ingestão de sal – as atuais orientações oficiais dietéticas para americanos indicam que a ingestão de sal após a idade de dois anos deve ser limitada a um máximo de 2.300 miligramas por dia. Os níveis de ingestão real são muito mais elevados, sendo que a maioria dos americanos consome perto de 3.500 miligramas por dia.
Verificou-se que esse montante não levou ao aumento da pressão arterial no presente estudo, que decorreu entre o final dos anos 1980 até o final dos anos 1990. Na pesquisa, tanto na raça branca como na negra, as meninas que consumiram 4.000 miligramas de sal por dia ou mais tinham os mesmos níveis de pressão arterial daquelas que consumiam menos de 2.500 mg por dia.
Fonte: JAMA Pediatr. Published online April 27, 2015. doi:10.1001/jamapediatrics.2015.0411
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