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21 de janeiro de 2010 (Bibliomed). A maioria dos pais não percebe que os filhos não enxergam bem. E, como resultado, na volta às aulas, mais da metade das crianças com problemas visuais (57%) são desatentas, agitadas e têm dificuldade de aprender, segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto. Como se não bastasse, um estudo liderado pelo especialista – que avaliou 36 mil crianças com idades entre três e oito anos em Campinas – indica que, entre pré-escolares, oito a cada dez estudantes nunca fizeram exame de vista.
O especialista diz que, na infância, os problemas oculares devem ter tratamento imediato, porque o olho se desenvolve até os sete anos de idade. A falta de óculos nos primeiros anos de vida pode agravar os vícios de refração, levar ao estrabismo por causa do esforço visual e à ambliopia – maior causa de cegueira infantil, popularmente conhecida como “olho preguiçoso”.
Segundo o oftalmologista, a ambliopia ocorre porque a dificuldade de enxergar induz a criança a usar mais o olho de melhor acuidade visual e isso compromete o desenvolvimento do outro. O único tratamento efetivo é tapar o olho com melhor visão para estimular o que enxerga menos, antes do completo desenvolvimento do sistema ocular. Por isso, o primeiro exame de vista deve ser feito aos três anos de idade quando os pais não usam óculos, ou aos dois anos, em casos de país míopes ou com outro vício de refração.
Outras causas do “olho preguiçoso” são as doenças congênitas: catarata, glaucoma ou retinoblastoma (tumor na retina). O diagnóstico é feito logo que o bebê nasce, pelo “teste do olhinho”, com um oftalmoscópio que incide luz sobre a pupila para observar o reflexo retiniano. Na ausência de reflexo ou em casos de assimetria, o oftalmologista deve ser procurado.
Sinais de Alerta
A falta de sintomas e de exames regulares explica porque o Brasil hoje soma mais de 27 mil crianças cegas e de 83 mil com baixa visão, segundo levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. De acordo com Queiroz Neto, os principais sinais de alteração visual são:
Até 2 anos |
De 3 a 7 anos |
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Fonte: LDC Comunicação. Press release recebido em 19 de janeiro de 2010.
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