Folhetos de saúde

Espondiloartropatias

© Equipe Editorial Bibliomed

O que são?

As espondiloartropatias, conforme pode ser identificado pela origem etmológica da palavra, consistem num grupo de doenças que afetam primariamente as vértebras (spóndylos – vértebra). Tais doenças formam um grupo heterogêneo de distúrbios, os quais compartilham aspectos radiológicos, clínicos e genéticos.

Classicamente, existem cinco doenças classificadas como espondiloartropatias, a saber: espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, artrite reativa, artrite psoriática e artropatias enteropáticas.

Como se manifestam?

As características comuns desse grupo de doenças consistem na tendência em gerar processo inflamatório no chamado esqueleto axial (coluna vertebral) e também nos ossos do esqueleto periférico.

Costuma-se observar a presença de quadros de sacroileíte (inflamação dos ossos da bacia), espondilite (inflamação nas vértebras), artrite periférica (geralmente em menos de quatro juntas e sem comprometimento contralateral). Também pode fazer parte da gama de manifestações clínicas a inflamação das inserções tendinosas (unem os músculos aos ossos), inflamação dos ligamentos (unem os ossos entre si) ou fáscias (revestem os músculos externamente).

Diversos estudos demonstram a presença de padrão de herança familiar da doença, ou seja, há um componente genético associado com a ocorrência da síndrome.

Além dessas manifestações nas articulações, tal grupo de doenças também pode exibir manifestações extra-articulares em diversas regiões do corpo, tal como nos olhos (conjuntivite, uveíte), trato digestivo (aftas, inflamação intestinal), trato geniturinário (uretrite, prostatite, cervicite), coração (aortite, bloqueios de condução de estímulos intracardíacos), pele (certodermia), unhas (onicólise, depressão das unhas).

Como se faz o diagnóstico?

Existem diversos grupos de sintomas agrupados pelos especialistas, os quais definem-nos como critérios mínimos que devem estar presentes para se firmar o diagnóstico de uma espondiloartropatia.

Tais critérios englobam manifestações clínicas e alterações em exames complementares, especialmente as verificadas nas radiografias. Cada doença do grupo tem critérios específicos, porém em alguns doentes as manifestações são tão difusas que é impossível enquadrá-lo em algum diagnóstico específico. Neste caso, os especialistas recomendam que o paciente seja classificado apenas como portador de espondiloartropatia.

Lembre-se: somente seu médico poderá orientá-lo acerca da melhor abordagem desta condição.

Fonte:

Cush JJ, Lipsky PE. Espondiloartropatias. In: Goldman L, Bennet JC. CECIL Tratado de Medicina Interna. 21a ed, editora Guanabara Koogan S.A. RJ, 2001: 1670 – 1678.

 

Veja também