Folhetos de saúde

Doença de Crohn e Colostomia

© Equipe Editorial Bibliomed

O que á a doença de Crohn?

A doença de Crohn caracteriza-se por inflamação crônica de uma ou mais partes do tubo digestivo, desde a boca, passando pelo esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, até o reto e ânus. Na maioria dos casos de doença de Crohn, no entanto, há inflamação do intestino delgado; o intestino grosso pode estar envolvido, junto ou separadamente. A doença leva o nome do médico que a descreveu em 1932.

O que é uma colostomia?

Uma colostomia é a abertura da parede do intestino, ao nível do colon, com sua exteriorização através da parede abdominal, por onde passam a ser eliminados os gases e as fezes, comumente coletados em uma bolsa especialmente projetada para esse fim.

Todo paciente com doença de Crohn precisa de colostomia?

Definitivamente não. A colostomia é um procedimento cirúrgico necessário apenas em pacientes que evoluem com complicações sérias. A maioria dos pacientes responde bem aos tratamentos mais modernos e não exibe tal complicação, não precisando portanto, submeter-se ao procedimento.

Quais as complicações que levam à necessidade de colostomia?

A doença de Crohn, quando em atividade, pode determinar um processo inflamatório que culmina com a formação de fistulas ou estreitamentos no intestino. Muitas vezes, quando isso ocorre, é necessário desviar o trânsito intestinal, seja de maneira definitiva ou provisória.

Quer dizer que existem colostomias que não são definitivas?

Sim. Muitas colostomias são programadas como uma etapa intermediária de estratégias terapêuticas que envolvem mais de uma cirurgia. Nesses casos, o paciente convive com a colostomia por um período determinado. Muitos pacientes, entretanto, passam a conviver definitivamente com a colostomia.

Como fica um paciente colostomizado?

Um paciente colostomizado precisa tomar cuidados especiais com sua condição. Existem no mercado bolsas coletoras especialmente desenvolvidas para dar maior conforto e qualidade de vida aos pacientes, que podem dessa maneira sair de casa e exercer suas atividades habituais sem grandes preocupações. O local onde foi feita a cirurgia deve ser bem cuidado e constantemente inspecionado, para evitar ainda mais complicações.

Existem cuidados especiais para pacientes colostomizados?

Sim. É cada vez maior o número de serviços que oferecem apoio logístico, psicológico e social a pacientes colostomizados. Muitos grupos de ajuda mútua focam suas atenções em pacientes com essa condição.

Lembre-se: se você tem problemas como o descrito acima, apenas um médico poderá orientar procedimentos ou prescrever medicamentos para seu tratamento. Consulte-se regularmente e discuta todas as suas dúvidas. Não tome remédios por conta própria.

Fonte: Bibliomed (www.bibliomed.com.br)